sábado, 16 de março de 2013

Lu


Não importa a hora o lugar, a saudade vai bater vai doer . Ela vai transbordar, não há como segurar. As lágrimas saem com outro sentimento, um tipo de alívio, transbordando qualquer lembrança, por mais simples que seja. A saudade bate, a saudade vem quando olho para minha mão e lembro das suas, quando deito na cama e você poderia estar do meu lado, quando abraço alguém que poderia ser você, quando rio de alguma piada e meu riso poderia ter sido compartilhado, quando surge uma dúvida que você teria me ajudado, quando o banco está vazio, o lugar não é preenchido, quando falta um prato na mesa, quando a sua opinião não é demonstrada. Ela vem quando a realidade e a minha felicidade ao teu lado foram adiados para sempre. A saudade vem quando cada ato inédito após o acontecimento acontece. Ela vem inesperadamente, depois de um dia bom. Ela virá depois de alguma conquista, na qual planejei ter você ao meu lado. Ela vem no toque, no cheiro, no paladar. Ela vem do coração, desde o dedinho do pé e se esgota quando as lágrimas escorrem. Ela vem na forma de sorriso, lembrando o quanto você me fazia bem só por existir, do orgulho que levarei para sempre. Ela vem na hora dos questionamentos, na hora da injustiça e da justiça. Ela vem por sinais, pelas fotos, pelos vídeos, cartas, mensagens, palavras ditas e não ditas, pela presença, pela crença, ela vem na própria forma de saudade. Assim, pura e dolorida. Mas ela vem também por um grande motivo, por eu ter sido privilegiada o bastante a conhecê-la e amá-la da forma mais sincera possível. O sentimento é tão grande que faltam palavras e saudades...

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